Memória, Bardo e Antarabhava

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Quero agradecer a Madre Tenzin que hoje (25 de fevereiro de 2024) realizou uma cerimônia em homenagem ao amado menino Joaquim Angelo Escaleira, falecido no dia 19 passado.

De nosso satsang do dia 20 passado, quero voltar brevemente em duas perguntas. Uma a respeito de “onde é armazenada a memória”. E outra, se o conceito de “bardo”, do budismo tibetano, se aplica à Kriya Yoga.

Como eu disse, nós tendemos a projetar a tecnologia material do momento para explicar todas as outras coisas, inclusive as não-materiais. No século XV, quando a hidráulica era a ciência do momento, tudo era explicado, desde o corpo humano, aos anjos e Deus, como se fosse um sistema de vasos comunicantes e pressão.
Hoje, observe como se usam expressões da informática para falar ou explicar tudo. Muito comum então se pensar que a memória é como um disco rígido armazenando informações.
Bem, na Ciência Espiritual da Kriya Yoga, entendemos que aquilo que não é material, mas está no perímetro de um ser, como sonhos, pensamentos, memórias, ideias, emoções, compõe o corpo astral. Todos os corpos são formados por ondas de som, vibração e luz, em diferentes densidades e de acordo com a geometria específica da triguna de cada Alma (Vastu). Então, a memória não está armazenada em um local, mas faz parte do campo vibratório não material do espírito. E esse campo se modifica, integrando ou dissolvendo as suas vibrações. Onde? No Plano Astral, que é aqui mesmo, mas imaterial.

Em relação ao bardo do Budismo Tibetano: O budismo tibetano é uma religião, mas a Kriya Yoga não é. Uma religião, enquanto instituição religiosa, é uma abordagem do Conhecimento Espiritual, modelada de acordo com uma cultura social, para atender e pacificar uma comunidade geográfica, promovendo seu desenvolvimento. Kriya Yoga é uma ciência espiritual, que estuda a essência do conhecimento espiritual, independente de instituições sociais e culturas temporais e locais. E pode ser estudada por um praticante de qualquer religião.

Parênteses: (Bem, isso no campo ideal e elevado. O ser humano de pouca clareza espiritual, tende a transformar Religião em Política -isto é, luta de poder-. E transformar Kriya Yoga em Religião (Instituição) e daí em Política também...Então, cuidado para não sujar a água que você mesmo bebe )

Entendido isso, o Budismo Tibetano tem uma fonte de conhecimento muito próxima da própria fonte da Kriya Yoga. Veja por exemplo que eu estudei algumas religiões diferentes, e onde encontrei práticas de meditação mais próximas da Kriya Yoga, foi no Budismo. E de todos os Budismos, foi no Tibetano que fui iniciado em Powa, que é bem similar ao Kriya Pranayama.
O conceito de “Bardo” do Budismo Tibetano é a tradução da palavra sânscrita “Antarabhava”, que muito resumidamente pode ser traduzida como “Essência da Expansão de um Espírito Recolhida ao Interior”. Em outras palavras, cada um de nós se recolhe ao Antarabhava quando deixamos o corpo material. Mas mesmo quando estamos no corpo material, estamos trilhando e lapidando nosso Antarabhava, a medida que purificamos nosso Corpo Astral, nossa Memória Espiritual (que é viva e pulsante).

Com Amor,
Y Céu

Gracias Marita Mamaji de Argentina, por la traducción al español.

Quiero agradecer a la Madre Tenzin que hoy (25 de febrero de 2024) realizó una ceremonia en honor al querido niño Joaquim Angelo Escaleira, quien falleció el día 19.

De nuestro satsang del día 20, quiero volver brevemente a dos preguntas. Uno sobre "dónde se almacena la memoria". Y otra, si el concepto de “bardo”, del budismo tibetano, se aplica al Kriya Yoga.

Como dije, tendemos a diseñar la tecnología material del momento para explicar todas las demás cosas, incluidas las no materiales. En el siglo XV, cuando la hidráulica era la ciencia del momento, todo se explicaba, desde el cuerpo humano, hasta los ángeles y Dios, como si fuera un sistema de vasos comunicantes y de presión.
Hoy observa cómo se utilizan las expresiones informáticas para hablar o explicar todo. Es muy común pensar que la memoria es como un disco duro que almacena información.
Pues bien, en la Ciencia Espiritual del Kriya Yoga entendemos que lo que no es material, sino que está en el perímetro de un ser, como los sueños, pensamientos, recuerdos, ideas, emociones, conforma el cuerpo astral. Todos los cuerpos están formados por ondas de sonido, vibración y luz, en diferentes densidades y según la geometría específica de la triguna (Vastu) de cada Alma. Entonces, la memoria no se almacena en un lugar, sino que es parte del campo vibratorio inmaterial del espíritu. Y este campo cambia, integrando o disolviendo sus vibraciones. ¿Dónde? En el Plano Astral, que está aquí mismo, pero inmaterial.

Respecto al bardo del budismo tibetano: el budismo tibetano es una religión, pero el Kriya Yoga no lo es. Una religión, como institución religiosa, es un acercamiento al Conocimiento Espiritual, modelado según una cultura social, para servir y pacificar a una comunidad geográfica, promoviendo su desarrollo. Kriya Yoga es una ciencia espiritual que estudia la esencia del conocimiento espiritual, independientemente de las instituciones sociales y las culturas temporales y locales. Y puede ser estudiado por un practicante de cualquier religión.

Paréntesis: (Bueno, esto es en el campo ideal y elevado. El ser humano con poca claridad espiritual tiende a transformar la Religión en Política -o sea, una lucha por el poder-. Y transformar el Kriya Yoga en Religión (Institución) y luego en Política. también... Así que tenga cuidado de no ensuciar el agua que bebe)

Habiendo entendido esto, el budismo tibetano tiene una fuente de conocimiento muy cercana a la fuente del propio Kriya Yoga. Vea, por ejemplo, que estudié algunas religiones diferentes y donde encontré prácticas de meditación más cercanas al Kriya Yoga fue en el budismo. Y de todos los budismos, fue en tibetano donde me iniciaron en Powa, que es muy similar a Kriya Pranayama.
El concepto de “Bardo” en el budismo tibetano es la traducción de la palabra sánscrita “Antarabhava”, que muy brevemente puede traducirse como “Esencia de la expansión de un espíritu retraído dentro”. En otras palabras, cada uno de nosotros se retira a Antarabhava cuando abandonamos el cuerpo material. Pero incluso cuando estamos en el cuerpo material, estamos pisando y puliendo nuestro Antarabhava, mientras purificamos nuestro Cuerpo Astral, nuestra Memoria Espiritual (que está viva y pulsante).

Con amor,
Y Céu

5 comentários:

  1. Respostas
    1. Muchas gracias pelo apoio, Mamaji.
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    2. Agradeço Yogachryra Céu, Madre Tenzin, tão grandes almas . Estamos unidos em uma egregora muito especial, de conhecimentos muito puros, sábios . minha gratidão eterna, mas ao mesmo tempo com o mesmo princípio.
      Tem uma pergunta de onde se armazena nossas memórias? Muito se diz da Glândula Pineal, ( ou pérola 🫐 azul), onde guardamos e armazenamos tudo que somos nessa e em outras vidas . ( Temos uma observação aqui de cada cultura e religião) . Mas somos Alma. Me faz lembrar no Livro Autobiografia de um Yogue onde Yogananda acha seu discípulo no ventre da mãe em sua nova vida . Ele prometeu que conduziria seu discípulo até na sua próxima vida terrena . Graçias assim por tanto amor.

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