Foto de Alexsandro Mota @alexsandromota805 |
Tat Sat:
Há o Dharma. Há a Lei Espiritual. E é Amorosa e Pacificadora, Generosa, Boa e Fraterna, Libertadora, Digna e Bela, entre um Infinito de Qualidades.
Mas todas as religiões, sem exceção, fizeram e fazem reinterpretações, para adequarem a Lei Espiritual aos governos humanos, à lei humana. Por razões políticas e institucionais, de seus próprios interesses materiais.
Então, abandonam a Lei Espiritual, para criar algum tipo de lei humana, dogmática e materialista, travestida de religiosidade.
Abandonam a experiência divina que deu luz a sua origem, para se institucionalizarem e se perderem nas ilusões de poder mundano. Bater boca.
A boa notícia é que você é LIVRE. Esta é a Lei Espiritual.
E encontrar consigo mesmo, para realizar sua felicidade, é seu Direito Espiritual. Seu destino e livre escolha.
Existe o destino e existe o livre-arbítrio.
E, paradoxo: ambos existem simultaneamente.
Yat Tat:
Quanto mais consciência espiritual você desenvolve, mais você percebe que tem livre arbítrio para criar seu próprio destino.
Quanto mais emaranhado na tração confusa e raivosa, da visão que está apenas no mundo material, mais escravo do destino você se torna. Surpreendendo-se com o que não deveria ser surpresa. Como alguém que é atropelado, simplesmente porque não abriu os olhos para ver ao seu redor.
Quanto mais se solta na correnteza espiritual, mais domínio tem sobre a própria vida.
Quanto mais tenta controlar materialmente, impor regras e correntes, mais acidentes inesperados com o destino encontra.
Como repetia meu professor Sato, de natação Zen:
- Paradoxo: Quer boiar, afunda. Quer afundar, boia.
Paradoxo. Para se soltar, é preciso a disciplina da atenção constante. Vigiar.
É BEM SIMPLES ter conexão espiritual com a clareza divina. Mas precisa estar permanentemente atento.
Atento, ao que?
Na Kriya Yoga estudamos que essa atenção vem pela respiração.
E como, dependendo da forma de respirar, criamos nossa perspectiva de consciência.
Puraskriyā Pūrṇakāma:
A inquietude da mente, e o desassossego das emoções, são os condicionamentos que nos impedem de perceber o que já está em nós. Nos fazem criar rotas a deriva, para nossas próprias vidas.
O mundo humano, em permanente agonia e convulsão, existe apenas em nossas mentes, que não conseguem ver de outra forma, porque simplesmente não querem.
Paradoxo: O desejo de controlar gera o descontrole. A pacificação do desejo, pela força da compaixão, realiza tudo que nós desejamos.
Sree Yoganandaji nos diz que Libertação Espiritual, Plenitude, Alegria Divina, são nossos Direitos de Nascimento. É o que nos cabe, por existirmos e sermos Almas filhas do Divino.
O nosso destino é a Realização Amorosa e Pacificadora.
Mas para alcançar esse destino, é preciso querer.
E esta decisão, é livre arbítrio.
Com Amor,
Yogacharya Céu
Brasil, 2020 Maio 31